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Aumento de preços das casas no 3.º trimestre de 2023 foi o menos expressivo desde 2021, indica INE

No terceiro trimestre de 2023, o preço das casas em Portugal aumentou 7,6% face ao mesmo trimestre de 2022, mas o valor transacionado foi inferior.

 

O índice de preços da habitação (IPHab) aumentou 7,6% no terceiro trimestre de 2023, face ao mesmo período do ano anterior. No entanto, em comparação com o segundo trimestre de 2023, o IPHab diminuiu 1,1 pontos percentuais. 

Segundo comunicado divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), este foi o aumento de preços das habitações “menos expressivo” desde o primeiro trimestre de 2021. 

Menos casas vendidas  

Entre julho e setembro de 2023, foram transacionadas, em Portugal, 34 256 habitações. Tal corresponde a um decréscimo de 18,9% em relação ao terceiro trimestre de 2022, periodo em que foram transacionadas 42 223 casas. A redução foi de 22,9% face ao segundo trimestre do ano passado. 

Das habitações transacionadas no terceiro trimestre de 2023, 26 644 já existiam, ou seja, 77,8% do total. Registou-se, portanto, uma redução de 23,1% no número de casas existentes vendidas relativamente ao mesmo trimestre de 2022. 

Quanto às habitações novas, houve um aumento de 0,2% no número de transações face ao período homólogo. Foram transacionadas 7612 casas no terceiro trimestre de 2023. 

No que diz respeito à variação entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023, houve um crescimento de 1,9% no número de transações, mas apenas nos alojamentos novos. Neste período, a transação de habitações novas cresceu 11,5%. As existentes registaram um decréscimo de 0,6% nas transações. 

Menor valor transacionado 

O valor das transações de alojamentos fixou-se em 7,1 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2023. Por comparação com o mesmo período de 2022, o valor apurado representa uma redução de 12,2%. 

Deste montante, 4,9 mil milhões de euros (70% do total) respeitaram a habitações existentes e 2,1 mil milhões de euros a habitações novas. No caso dos alojamentos existentes, houve uma redução de 19,2% relativamente ao mesmo de período de 2022, ao mesmo tempo que se registou um aumento de 10,3% no valor das habitações novas. 

Em relação ao segundo trimestre de 2023, o valor das transações de alojamentos aumentou 2,4%. 

Famílias lideram transações 

As famílias compraram 86,5% do total das habitações transacionadas no terceiro trimestre de 2023. Estas transações movimentaram um total de 6 mil milhões de euros, o que significa uma redução de 13,7% em relação ao mesmo período de 2022. Face ao segundo trimestre de 2023, a diminuição foi de 19,5%. 

No período em análise, 8% das habitações (2741) foram vendidas a compradores com domicílio fiscal fora de Portugal, o que se traduz numa redução de 0,9% face ao terceiro trimestre de 2022. Destas transações, 1349 envolveram compradores com domicílio fiscal noutros Estados da União Europeia. Compradores provenientes dos restantes países mundiais foram responsáveis por 1392 transações, o que corresponde a um aumento homólogo de 8,7%. 

Norte com mais transações, mas Lisboa com maior valor 

Foram transacionadas na região Norte, no terceiro trimestre de 2023, 10 314 habitações, correspondentes a 30,1% do total. Tal representa um incremento de 1,7 pontos percentuais relativamente ao período homólogo. Na Área Metropolitana de Lisboa registaram-se 9314 transações (27,2% do total), traduzindo-se numa redução de 2,3 pontos percentuais face ao mesmo período de 2022. 

A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 40,8% do valor total das transações de alojamentos: cerca de 2,9 mil milhões de euros. Este montante representa uma redução homóloga de 1,3 pontos percentuais em termos de quota regional. No Norte, foram transacionadas habitações no valor total de 1,7 mil milhões de euros, o que se traduz num aumento homólogo de 1,4 pontos percentuais.